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Desenho e Modelação de Videojogos: se sabemos escrever, sabemos desenhar

Desenho de videojogos

Será que todos sabemos desenhar?

Todos sabemos desenhar. Desde pequenos que fomos ensinados a desenhar e a escrever. Na sua essência, estes dois conceitos são a mesma coisa. Defendo esta ideia porque a capacidade humana para reconhecer símbolos e reproduzi-los é tudo o que é necessário para poder aprender a desenhar corretamente. O que é o desenho senão a mera representação de símbolos, de formas geométricas impostas que se organizam numa composição?

Quando aprendemos a escrever construímos uma biblioteca mental de símbolos, elementos gráficos que representam um som, uma entoação, uma representação e outros conceitos que somados transmitem comunicação. Essa comunicação pode ser bastante limitada se a compararmos a uma imagem. E o que é a imagem? É simplesmente uma cópia, uma representação fiel de uma ideia. Se a escrita e a imagem são fundamentalmente a mesma coisa, porque é que é esperado sabermos escrever corretamente e não saber desenhar corretamente?

Ao longo dos anos, ao aprender a desenhar fui percebendo que o problema é a complexidade da representação. Existe uma discrepância entre escrita e desenho. Se quisermos comunicar a palavra “bicicleta”, a ideia é instantaneamente transmitida e demoro 1 segundo a teclar a palavra. Para desenhar uma bicicleta talvez demoraria 20 min, dependendo da complexidade e do tempo gasto a pesquisar imagens de bicicletas na internet. Todos identificamos imediatamente uma bicicleta, sabemos distingui-la sem dificuldade, mas é provavelmente um dos objetos mais comuns e mais difícil de desenhar de memória. Será que é esta diferença que faz com que várias pessoas desistam de usar esta forma de comunicação?

Um cartoonista ignora esta discrepância e usa os dois meios para transmitir uma piada, uma sátira ou crítica política. Um artista frustrado pode expelir demónios e comunicar ao mundo a sua dor de alma através de um quadro complexo cheio de ideias. Ideias dessas que ficam no ar e que a maior parte das pessoas não compreende porque está demasiado ocupado a pensar no filho que seria capaz de fazer os mesmos gatafunhos.

Por causa disto mesmo, vejo uma polarização enorme entre estas duas categorias de comunicação. Escrever e desenhar não deveriam ser tão distantes. Não gosto de ouvir alguém dizer “não sei desenhar”. O que deve ser dito é “nunca tive motivação para aprender a desenhar”. Porque realmente o que acontece é a falta de paciência para olhar para um sujeito e representá-lo. Na gramática, necessitamos de um sujeito e predicado. No desenho acontece o mesmo. Temos o sujeito, objeto ou personagem que queremos representar e o predicado, a forma como o fazemos.

Dificuldade em desenhar e a confiança

Então, porque é tão difícil de desenhar? Talvez porque quando temos uma ideia tão clara, tão nítida na nossa cabeça, e a diferença para o papel é tão evidente que ficamos com vergonha? Será que para desenhar 100 objetos diferentes tenho de saber como realmente são e não tenho espaço no cérebro para decorar toda essa informação extra que considero desnecessária? Não necessariamente. Como tudo na vida é uma questão de confiança e é isso mesmo que tento sempre transmitir aos formandos dos cursos de Videojogos.

Não é por acaso que nas aulas de desenho somos obrigados a desenhar uma taça de fruta, ou somos obrigados a sair e a levar um caderno e desenharmos a cidade à nossa volta. O intuito desses exercícios é observar, tirar uma fotografia mental e em tempo real decidir quais são os traços que irão constituir o desenho. É considerado treino. Tal como no desporto temos de praticar e treinar bastante para atingirmos os nossos objetivos, no desenho acontece o mesmo, mas de uma maneira bastante mais fácil, sem a pressão de ganhar ou perder, sem a pressão de “performance” e com pequenas facilidades subjetivas. Porque se desenharmos uma linha meio milímetro para a direita, ninguém se chateia, não há problema nenhum, não precisamos de comparar isso a falhar um lançamento numa final dos Jogos Olímpicos.

Por isso precisamos de bases, saber observar um objeto, desconstruí-lo mentalmente e reconhecer os elementos essenciais para o representar. Desenhar algo de cabeça que nunca observei com cuidado é praticamente impossível, por isso para quê ficar frustrado com o resultado? O importante é voltar a fazer, voltar a desenhar com outro ponto de vista, talvez até alterar o sujeito. O truque muitas vezes é saltar para outro desenho, voltar a fazer de novo para não ficarmos bloqueados.

Sou então defensor desta ideia de que desenhar pode não ser fácil, mas também não é difícil. O importante é não ficar frustrado e divertirmo-nos com o processo. A solução é observar e desenhar. O resto vem com tempo. 

Pedro Nogueira, e-Tutor dos Cursos Master D na área dos Videojogos

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Cursos na Área dos Videojogos

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2 respostas a Desenho e Modelação de Videojogos: se sabemos escrever, sabemos desenhar

17 de junio del 2020

Estou interessada em receber informações acerca deste curso.

Obrigada

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17 de Junho de 2020

Olá, Sandra!

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